quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O primeiro amor é sempre o mais doído, mas é com o qual você mais aprende, aprende que nem tudo que parece é, aprende que pessoas mentem, aprende que palavras bonitas podem ser simplesmente palavras vazias, aprende que a vida não é um conto de fadas, e principalmente que aquele não era seu príncipe encantado.

E depois de um tempo eu entendi que esquecer não significava ignorar uma chamada no celular, nem evitar reencontros casuais. Eu descobri que quando você esquece, atende o celular e sua voz não falha, que reencontros casuais não faziam mais as pernas tremerem. Eu descobri que o lado mais triste do amor, é não sentir mais nada


Mas com o tempo tudo passa. Você vai parar de ouvir as músicas que lembram dele. Vai parar de perder horas do seu dia pensando em como seria o seu futuro ao lado dele. Vai parar de chorar todas as noites com medo de perdê-lo, porque na verdade, você o perdeu ou nunca o teve. Vai parar de pedir a Deus pra que dê tudo certo, porque simplesmente vai cair em si e perceber que nunca iria e nunca irá dar certo, porque acabou sem antes mesmo de começar. Você vai parar de olhar a foto dele e pensar que não vive sem ele, porque vive, você vive bem sem ele sim, você só não queria isso, mas a vida é assim menina, se acostuma! Nem tudo que a gente quer, acontece. Nem tudo que a gente espera, será. Nem tudo que a gente diz, faz. Nem tudo que a gente promete, cumpre. Nem tudo que a gente pensa, é. E com o tempo você vai parar com tudo aquilo que um dia pensou nunca parar.


Ah garoto, você ainda vai se arrepender. Você ainda vai olhar outros rostos e só vai ver o dela, vai escutar o toque do seu celular indicando que tem alguém ligando e vai suplicar que seja ela a dona da voz do outro lado da linha. Vai ver o jogo do seu time de futebol e não vai ter muita graça sem ter ela para torcer contra. Vai ouvir a música de vocês e não terá ela para dançar de um jeito desengonçado e bobo fazendo você sorrir feito uma criança. Vai ver o filme preferido de vocês no dia de frio e vai sentir falta da cabeça dela encostada no seu peito, daquele jeito, daquele jeito em que ela podia escutar as batidas do seu coração. Vai olhar nas contra-capas dos seus cadernos escolares e vai ver apenas o nome dela, em todos os cantos de cada folha. Vai abrir o seu armário e vai ver o seu casaco que ela costumava vestir nos dias de frio, que a propósito, era 2 vezes maior que seu corpo. Vai reler as cartas que elas escreveu quando vocês estavam juntos, e não vai ter ela para dizer que “ficou horrível”. Vai lembrar de promessas e planos que vocês fizeram juntos para um futuro distante, e vai sentir falta da voz fina dela no final te dizendo “Você promete mesmo?”. Vai conhecer pessoas que possui o nome que vocês tinham escolhido um dia para o filho de vocês, e vai lembrar de toda a teimosia até chegar a um acordo de ambas as partes. Vai passear nos lugares que costumavam ir e não vai ter a mão dela segurando a sua. Você vai sentir falta dela, garoto. Sabe por que? Porque você a deixou escapar.


Quanto mais você tenta esquecer, mais você lembra. Quanto mais você finge que é feliz, mais triste você fica. Quanto mais você coloca na sua cabeça que não ama tal pessoa, mais você ama. Então para que fingir para nós mesmos? Então encare essas verdades, porque ninguém merece uma vida de mentiras como essa.

Sim, ele era encrenca, das boas. Eu sabia o que estava fazendo, ele também: estávamos fazendo uma coisa errada. Mas gostei da luz, dos olhos dele. Gostei que estava me encantando, gostei de não poder me encantar e mesmo assim estar me encantando. Tati Bernardi


Espero que você pense em mim de vez em quando, só para eu não me sentir tão patética por pensar em você o tempo todo. Tati Bernardi


Você pode ter o meu telefone, você pode saber meu nome. Mas você nunca terá o meu coração. Adele


E não existe prazer maior do que cuidar de si mesma.
 
Pra acertar primeiro a gente tem qe saber o qe ta fazendo de errado !!

E um dia seus medos irão embora da mesma maneira que as pessoas também foram.



Acho que não foi amor, mas deixou marcas, deixou saudade, deixou um buraco no peito, deixou a desejar, deixou a realizar, deixou uma carência imensa. Eu torço para que não seja amor, mas no fundo eu sei que é, que foi. É uma droga perceber que amor tem dessas também, de machucar mais do que fazer bem. Eu tento me convencer de que não era amor, mas eu sei que foi. E você também sabe. Mas o que mais me cutuca não é a saudade… O que me inferniza e me deixa sem resposta é: será que eu deixei saudade? Nem sei porque me pergunto isso, pois sei que deixei. Se existiu amor, existe saudade. Não importa o quanto você me despreze, ou quantas mulheres você tenha pegado depois de mim. Não importa. Porque assim como você é pra mim, eu também sou suas cores. Não adianta ter deixado um adeus se a gente sempre se vê de novo. Se encontra, e se ama infinitamente mais do que nos amávamos. Foi amor. É amor.

Vida de casados

É o sonho de toda garota em vias de transformar-se em mulher: dormir junto com o seu Romeu. Talvez ela nem tenha encontrado o príncipe ainda, mas já sonha em dividir lençóis com ele. Um homem seu a noite inteira, os dois protegidos por quatro paredes. Nada daquela pressa de motel, daquele cenário impessoal, daquele castigo de ter que sair de madrugada para voltar para a casa dos pais. Nada de barraca de camping, aquele desconforto, aqueles insetos todos que não foram convidados. Nada de cochilos na rede, de romance dentro do carro, de rapidinhas no meio do mato. Isto faz parte do anedotário da adolescência, quando estamos a ponto de bala e tudo vale. Bom mesmo é dormir juntos numa aconchegante cama de casal, com direito a oito horas de sono e intimidade. Case e verá. Dividir o mesmo colchão tem vantagens, evidente, e não apenas aquelas que você está pensando. É ótimo enfiar os pés no meio das pernas do outro, principalmente quando está fazendo 2 graus lá fora. É ótimo quando ele levanta para tomar água e traz um copo pra você também. É ótimo ter alguém para pedir que investigue que barulho estranho foi aquele na sala. É ótimo ter alguém para abraçar sem segundas intenções, sem erotismo, só pelo carinho, só pelo calor. Pena que não seja sempre assim. O amor é cego mas não é surdo: seu príncipe ronca. Você não ronca, mas fala dormindo. O silêncio exigido depois das 22 horas é quebrado por grunhidos, relinchos, ruídos cavernosos. Ou confissões desencontradas, gritos de pesadelo, nomes que não deveriam ser ditos. Vocês acham que fazem muito escândalo acordados, mas é quando entram no mundo dos sonhos que o fuzuê começa. Se não é o ronco que tira o humor do casal, é o termostato. Ela quer três cobertores assim que entra março. Ele admite uma colcha quando está nevando. Ela dorme de pijama, meias e uma caixa de Kleenex na cabeceira. Ele entra na cama como veio ao mundo e liga o ar-condicionado na potência máxima, não importa a estação do ano. Apaixonados de dia, arqui inimigos de madrugada. Ele quer a janela aberta, ela trancafiada. Ele quer as cobertas soltas, ela gosta de tudo bem preso na cama. Ele quer três travesseiros de pluma só para ele, ela dorme sem nenhum porque tem problema de coluna. Ele tem o sono leve, acorda quando ela espirra. Ela tem o sono pesado, não acorda com o alarme de incêndio. Ele se vira a noite inteira, ela se mexe tanto quanto um cadáver. Ele gosta de ver o Amaury Jr. na cama, ela gosta de ler. Ele deixa as meias que usou o dia inteiro jogadas no chão do quarto, ela coloca duas gotas de Chanel número 5 depois de escovar os dentes. Ela é Marylin, ele é Maguila, e quando não estão transando, sonham com uma cama king size, até que dois quartos os separem. Martha Medeiros
Já aconteceu de eu quase chorar por ter tropeçado na rua, por uma coisa à-toa. É que, dependendo da dor que você traz dentro, dá mesmo vontade de aproveitar a ocasião para sentar no fio da calçada e chorar como se tivéssemos sofrido uma fratura exposta. Martha Medeiros


É você que eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar porque é preciso festejar, com a minha solidão cansada de se enganar. Não agüento mais os mesmos papos, os mesmos cheiros, as mesmas gírias, os mesmos erros, a volta por cima, o salto alto, o queixo empinado, o peito projetado pra frente. Não aguento mais fingir com toda a força do mundo que tudo bem festejar sem saber quem é você. Tati Bernardi


Já aconteceu de eu quase chorar por ter tropeçado na rua, por uma coisa à-toa. É que, dependendo da dor que você traz dentro, dá mesmo vontade de aproveitar a ocasião para sentar no fio da calçada e chorar como se tivéssemos sofrido uma fratura exposta. Martha Medeiros